Propõe-se a dissertar
acerca de dois veios temáticos nas obras de Nietzsche que
o próprio autor não o fez de modo explícito,
isto é, por meio de uma única obra que tratasse
de relacionar diretamente a estética e a educação.
Segundo Giorgio Colli, há nessa época da produção
do autor um centro de gravitação e ele se manifesta
a obra O nascimento da tragédia. Desse projeto,
no que antecede e, depois, no que sucede a sua publicação,
é que iremos encontrar o autor lapidando temas de estética,
cultura e educação. Nota-se, então, nos escritos
pré-nascimento da tragédia, textos geralmente ligados
a sua atividade de professor na Universidade de Basiléia,
que preparam temos como Introdução à tragédia
de Sófocles, A visão dionisíaca
do mundo entre outros. Material que chega até nós
em forma de livro, mas que se constitui de textos utilizados para
a atividade de docência, tomando o formato de livro entre
nós e nas acomodações feitas pela edição
de Manzino Montinari e Giorgio Colli.
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O tema das ficções
e suas implicações nos mais variados campos do saber
recebeu na volumosa obra Filosofia do Como Se de Hans Vaihinger
tratamento exaustivo. Consistiu em um longo trabalho do autor
que fez várias revisões e mesmo reelaborações
em algumas partes da obra. Vaihinger toma como ponto de partida
de suas ficções dois filósofos amplamente
conhecido no Brasil e mesmo assim sua teoria das ficções
passa ao largo dessas produções. A ideia schopenahaureana
de vontade será para Vaihinger a própria ficção,
algo que excede a linguagem mas que acaba por atuar nela. Em Nietzsche
ele considerou o perspectivismo como fundamental à sua
teoria das ficções. A publicação da
Filosofia do Como Se abre uma excelente oportunidade de debate
sobre as ficções em nossa língua. As implicações
entre filosofia e Direito, para citar apenas um dentre vários
outros campos do saber que Vaihinger verifica a presença
das ficções, serão frutíferas.
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