O
CURSO
Para o marxismo toda cultura está
explicita ou implicitamente subordinadas à linhas
políticas determinadas, não existe a arte
pela arte, ou literatura e filosofia que esteja acima
do político, não existe cultura que se desenvolva
independentemente da política. A arte, a literatura
e até a filosofia devem fazer parte da causa revolucionária,
nos termos de Lênin, elas constituem "uma
pequena roda dentada e um pequeno parafuso" do
maquinário da revolução, sendo a
cultura uma poderosa arma política que prepara
ideologicamente o terreno para a revolução.
Este
combate pelo monopólio da cultura não é
pacifico é uma Luta pela Hegemonia. Nesta
batalha não se ataca o inimigo com metralhadoras,
mas com um arsenal de ideias. E para obter a vitória
nesta guerra cultural é necessária a formação
de uma vanguarda ilustrada, composta de intelectuais capazes
de aparelhar a cultura com o fim de subverter os valores
da sociedade para produzir o "Novo Homem". Logo
a literatura e a arte não são mais que engrenagens
pedagógicas da máquina revolucionária.
A
Hegemonia é concebida como associação
de Consenso + Força, com o predomínio do
elemento Consenso sobre o elemento Força. Porém
não dispensa o uso da força, se necessária
para eliminar os agentes recalcitrantes. Segundo Gramsci,
o critério metodológico que deve comandar
qualquer análise é: a supremacia de um
grupo social se manifesta de dois modos: como "domínio"
ou como "direção intelectual e moral".
Portanto, um grupo social deve dominar os grupos que deseja
"submeter e liquidar" até com a força
armada se for necessário, e ao mesmo tempo deve
dirigir os grupos afins e aliados. Este grupo deve ser
dirigente "já antes de conquistar o poder
governamental". Esta é uma das condições
principais para a própria conquista do poder. Ser
Hegemônico significa ter primeiro a superioridade
intelectual e moral do que a superioridade econômica
e militar, o que aproxima a ação hegemônica
da "arte da guerra". Essa luta hegemônica
é, pois, uma guerra cultural, com o objetivo de
subverter os valores das diversas concepções
do mundo dos outros grupos à uma única concepção..
Não é só um debate intelectual, mas
um conflito vital.
Por
este motivo, Gramsci entende o Partido num sentido amplo,
propagandístico e cultural, e não só
no sentido formal de organização composta
por um programa oficial, por políticos profissionais,
militantes e um quadro burocrático de funcionários.
Pensa que os intelectuais têm função
política, já que; "as ideias e as
opiniões não 'nasceram' espontaneamente
no cérebro de cada indivíduo: tiveram um
centro de formação, de irradiação,
de difusão, de persuasão; houve um grupo
de homens ou até mesmo alguma individualidade que
as elaborou e apresentou e impôs na forma política
atual".
Feliz ou Infelizmente Gramsci morreu antes de colher os
frutos das suas ideias.
FINALIDADE
DO CURSO
Demonstrar
a importância dos intelectuais no aparelhamento
da cultura fazendo dela engrenagem de transformação
e subversão política da sociedade.
A quem é dirigido: O curso destina-se a os interessados
em compreender a relação entre Intelectuais,
Ideias e Poder.
Método
de estudo seguido nas aulas:
O método consiste na explicação e
reflexão dos problemas levantados pelos textos,
comentários e exposição.
TEMAS
Aula
1: Espontaneísmo X Consciência Política
Aula 2: Os Intelectuais e a Formação da
Consciência Coletiva
Aula 3: Dualidade de Poder e o Aparelhamento da Sociedade
Civil
Aula 4: Cultura como Campo de Guerra
Aula 5: A Contradição entre Ideias e Valores
Aula 6: Gnosticismo Intelectual
Aula 7: Fideísmo Populista
Aula 8: Revolução Cultural segundo Lênin,
Gramsci e Mao
Aula 9: Arte e Literatura como Engrenagens Subversivas
Aula 10: Marxismo como Religião
Aula 11: Hegemonia & Autocracia Ilustrada 1
Aula 12: Hegemonia & Autocracia Ilustrada 2
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BUCI-GLUCKSMANN, Christine, Gramsci e
o Estado, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1980.
COUTINHO, Carlos Nelson, Gramsci: Um estudo sobre seu
pensamento político,
Rio de janeiro, Civilização Brasileira,
1999.
COUTINHO, Sérgio Augusto de Avellar. A revolução
gramscista no ocidente. Rio de Janeiro: BIBLIEX, 2002.
CRUZ CRUZ, Juan, Filosofia
da História, Instituto Brasileiro
de Filosofia e Ciência "Raimundo Lúlio"
(Ramon Llull0, São Paulo 2006.
FERREIRA, Oliveiros S. Os 45 cavaleiros húngaros.
São Paulo; Brasília: Hucitec; UnB, 1986.
GRAMSCI, Antonio. O leitor de Gramsci. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2011.
GRAMSCI, Antonio. Maquiavel, a política e o Estado
moderno. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1978.
GRAMSCI, Antonio. Cadernos do cárcere, v. I. Rio
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de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
MARX, Karl. A ideologia alemã. São Paulo:
Expressão Popular, 2009.
MARX, Karl . A questão judaica. São Paulo:
Expressão Popular, 2009.
MARX, Karl. Crítica da filosofia do direito de
Hegel. São Paulo: Boitempo, 2005.
ORTEGA Y GASSET, José. História como sistema.
Brasília: UnB, 1982,
RUSSELL, Bertrand. O poder: uma análise social.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 1979.
SOWELL, Thomas. Os intelectuais e a sociedade. São
Paulo: É Realizações, 2011.
VÀZQUEZ, Adolfo Sánchez. Filosofia da práxis.
São Paulo: Expressão Popular, 2007.
PROFESSOR
Professor Ricardo Gustavo Garcia de Mello
mestrando do Programa de Pós-Graduação
Interunidades em Integração da América
latina - PROLAM/USP. Trabalhou no Centro de Estudos de
Cultura Contemporânea (CEDEC). Possui graduação
em Sociologia e Política pela Fundação
Escola de Sociologia e Política de São Paulo
(FESPSP). Foi monitor das disciplinas de Ciência
Politica e Relações Internacionais (2010)
e bolsista CNPq de iniciação cientifica
do Projeto Renato Archer/INEU (2010). Pesquisador na área
de Pensamento Político-social.
DATAS
E HORÁRIOS
12
encontros semanais de 2 horas-aula.
Sábados
das 10:00 às 12:00 hs
INÍCIO
DIA 04/03/2016
INVESTIMENTO
R$
300,00 à vista ou
3
parcelas de R$ 112,00
LOCAL:
Praça da Sé, 21 Edifício São
Marcos - 5 andar cj. 503
INSCRIÇÕES
informe seu nome
completo e telefone ao Sr. Marco Antonio pelo telefone
11 3101 6785 / 95134-6626 ou pelo email: lulio1232@gmail.com
Vagas
limitadas, máximo 15 alunos!!!
Curso
condicionado à formação de turmas!
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