Home News Notícias da Transição Nacional Potque Rajoy não quer o diálogo com Artur Mas?
Potque Rajoy não quer o diálogo com Artur Mas? PDF Print E-mail
Written by Esteve Jaulent   
Wednesday, 16 April 2014 15:50
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 Existeix traducció al català feta per l' autor al final del text portuguès.

 

Há mais de dois anos que Mariano Rajoy nega-se a dialogar com Artur Mas sobre reconhecer o Direito de realitzar uma consulta ao povo catalão a respeito do seu governo futuro. Diante da negativa sobre o reconhecimento dessa consulta, o povo catalão, seu Parlamento e o próprio presidente Artur Mas, retrucaram sempre acusando Rajoy e o PP, o atual partido que governa o executivo espanhol, de carecerem de espírito democrático.

 

No passado dia 9 de abril, o Congressos de Deputados da Espanha, em debate com o Parlamento catalao, fechou definitivamente qualquer possibilidade de, neste ano e nos futuros, realizar-se a tal consulta ao povo catalão. Não foi novidade, apenas fixou-se política e oficialmente a postura mantida nas discussões anteriores. Também, do lado catalão, interpretou-se da mesma maneira a decisão do Parlamento espanhol: ausência de espírito democrático.

 

Penso que é impossível aos dois la- dos entenderem-se com tais argumentações. Nenhum dos dois conseguirá o suporte público suficiente para inclinar a decisão dos povos para um ou outro lado, pelo simples motivo de que elas trabalham em planos diferentes. A solução necessariamente só poderá atingir-se quando se observe o problema desde um ponto de vista mais elevado.

 

Ambass posturas trabalham com noções diferentes de democracia. O PP, lideradopor Mariano Rajoy, adota uma postura post-moderna que, embora critique algumas ideias do positivismo e do modernismo, aceita outras, como a relatividade da verdade, a fragmentação do saber e, nos temas morais chega a conclusões semelhantes às do Positivismo. Rajoy e o PP, contaminados pela cultura post-moderna, pensam que a ética não se fundamenta em valores objetivos, senão que deve ser uma ciência só descritiva, que deve limitar-se a expor as diferentes éticas de cada povo, para assim possibilitar o diálogo entre as culturas. Afirmam que todos os homens são iguais e que quando dois homens têm opiniões diferentes ambas têm de ser aceites, pois seria antidemocrático ou politicamente incorreto dizer que uns homens têm razão e outros se equivocam. Esta é a "democracia" que eles propagam e na qual fundamentam todo o seu atuar. O que fazem é semejante a formar mesas redondas para um jogo de cartas do qual não se chega a nenhuma conclusão. E, dizem, que tal proceder é uma exigência da "democracia".  Da "sua" democracia, claro.

 

Totalmente diferente é a argumentação e o fundamento da postura de Artur Mas. O presidente catalão também pensa que todos os homens são iguais, mas por outras razões. Artur Mas sabe que todas as pessoas são iguais em dignidade, mas também sabe que nem tudo quanto os homens afirmam em razão de sua dignidade comum, é sempre verdadeiro. Aceitar isso seria deixar reinar a pura arbitráriedade. Da igual dignidade humana não se deduz que o conhecimento das pessoas seja sempre correto. Algumas podem se equivocar, mentir, blefar, dominar a quem lhes parecer mais fraco, e até podem enfraquecer os outros quando sua cultura incomoda. O erro e a mentira não podem sustentar uma democracia, mas sim uma tirania.

 

Por baixo da postura de Rajoy e do PP encontra-se a pretensão de negar a existência da verdade. Artur Mas deveria insistir em que a postura de Rajoy é falaciosa, pois supõe algo que pretende negar: Rajoy, como qualquer um que queira dar o estaturo de "verdadeiras" a duas opiniões contraditórias, precisará sempre apelar para a "verdade" de "sua democracia", qundo intimamente pensa que não existe a verdade.

 

Artur Mas situa-se em outro plano, um plano superior. Ele pensa que os seres humanos têm a capacidade de responsabilizar-se por suas próprias escolhas e entende que cada homem sabe o que é autenticamente bom para ele. Nisso consiste a dignidade humana: não admitirir que outro escolha por nós.

 

Artur Mas sabe que a maior coisa que um catalão deseja é "ter razão". O que seria de Catalunha se nela se espalhasse a ideia de que a verdade não existe? Onde irá parar o fundamento do famoso "seny català", o secular "critério catalão", orgulho de todos os catalães?

 

Catalunha não quer um "pós-humanismo" - fruto necessário do "pós-modernismo" - que Rajoy pretende instalar na Espanha. Ao contrário de Rajoy, que deseja mudar não só a aparência da realidade, mas a realidade mesma, Artur Mas deseja que o pão seja pão e o vinho, vinho; deseja conservar e melhorar o que antes se chamava "natureza", a realidade das coisas. Com Artur Mas as relações entre "natureza" e "cultura" em Catalunha serão outras: quem deva, terá de pagar; qualquer vida será digna de ser vivida; e se trabalhará com e pelo máximo respeito à pessoa.Duas posturas completamente diferentes, a de Rajoy iguala rebaixando até angular as; a de Artur Mas, iguala as pessoas  enaltecendo-as. Esta é a verdadera firça de sua audaz postura política.

 

Como se vê, é insuficiente e estéril dizer que a primeira é antidemocrática, porque se desconhece o que o outro entende por democracia. O que sim todos entendem é a triste realidade do medo. Se na cultura dos valores objetivos, todos entendem o que é o medo, poder-se-ia perguntar: porque não deixar que os catalães nos digam o que pensam sobre seu próprio autogoverno? Por que não ouvi-los, se após a consulta, não sendo ela vinculante, os debates sobre a futura independência continuarão acontecendo?

 

Artur Mas tem razão quando afirma que Rajoy e o PP não são democratas, mas afirmar isso tem pouca força, pois eles e muitos outros, que se baseiam na falsa democracia, pensam que são eles os que estão certos, e atuam exclusivamente sob os impulsos da paixão. 

 

Tradução caatalâ: 

 

Perquè Rajoy no vol dialogar amb Artur Mas?



Fa més de dos anys que Marian Rajoy es nega a parlar amb Artur Mas no reconeixent-li el dret de consultar l’opinió del poble català sobre el govern que desitja per al seu futur. Davant la negativa sobre el reconeixement del dret de fer aquesta consulta, el poble de Catalunya, el Parlament i el seu President Artur Mas, sempre han retrucat acusant Rajoy i el PP, l'actual partit que governa l Executiu espanyol, de total absència d'esperit democràtic.



El passat dia 9 d'abril, al Congrés de diputats d'Espanya, al debat amb tres representants del Parlament de Catalunya, es va tancar definitivament qualsevol possibilitat d'aquest any i en el futur, dur a terme tal consulta al poble català. No ha estat pas cap novetat, només es van establir políticament i oficial la postura mantinguda en discussions anteriors. També, per la banda catalana, s’ ha interpretat de la mateixa manera la decisió del Congrés Espanyol: l'absència d'esperit democràtic.


Crec que és impossible els dos costats que s’entenguin amb tals arguments. Tampoc vsp frld fod obtindran el suport públic suficient per inclinar la decisió dels pobles cap a una banda o l’altra, per la senzilla raó que ambós treballen en diferents plans. La solució necessàriament només es pot aconseguir quan ens fixem en el problema des d'un punt de vista superior.


Ambdues postures treballant amb diferents nocions de democràcia. El PP, liderat per Mariano Rajoy, adopta una postura post-moderna, tot i que critica algunes idees del positivisme i del Modernisme, però que n'assumeix d’altres, com la relativitat de la veritat, la fragmentació del coneixement i sobre els temes morals arriba a conclusions similars a les del positivisme. Rajoy i el PP, contaminats per cultura post-moderna, pensant que l'ètica es basa no en valors objectius, sinó que ha de ser una ciència només descriptiva, que s'hauria de limitar a exposar les diferents ètiques de cada poble, per tal de facilitar el diàleg entre les cultures. Afirmen que tots els homes som iguals i que quan dos homes tenen opinions diferents, les dues hauran de ser acceptades, ja que seria políticament incorrecte dir que alguns homes tenen raó i altres s’equivoquen. Aquesta és la democràcia' que propaguen i que substentesn tot el seu actuar. El que fan és sembalnt a formar taules rodones per a un joc de cartes, on no s’arriba a cap conclusió. I diuen, que tal conducta és un requisit de «democràcia». De la 'seva' democràcia, per descomptat.

 

Totalment diferent és l'argumentació i el fonament de la postura d'Artur Mas. El President català també pensa que tots els homes són creats iguals, però per altres raons. Artur Mas sap que totes les persones són iguals en dignitat, però també sap que no tot els que els homes afirmen degur a la seva dignitat comuna, és sempre veritable. Acceptar això seria deixar regnar la pura arbitrárietat. De la igual dignitat humana no es pot pasdeduïr que el coneixement de les persones sempre és correcta. Alguns poden equivocar-se, mentir, blefar, dominar a qui els que semblen més febles i fins i tot poden debilitar els altres, si la seva cultura els pósa frenètics. L'error i falsedat no poden sostenir una democracia, sinó més aviat una tirania.


Per sota la postura de Rajoy i el PP fernenta l'afirmació de negar l'existència de la veritat. Artur Mas hauria d'insistir en què la postura de Rajoy és fal·laç, perquè suposa una cosa que pretén negar: A Rajoy, com a qualsevol persona que vulgui donar l’estatut de “veritable” a dues opinions contradictòries, sempre li caldrà apel·lar a la 'veritat 'de la 'democràcia', quan intimament pensa que la veritat no existeix.


Artur Mas es situa en un altre pla, un pla superior. Ell pensa que els humans tenen la capacitat d'assumir la responsabilitat de les seves pròpies decisions i creu que cadascú sap el que és autènticament bó per a ell mateix. La dignitat humana consisteix exactament en això i la seva principal consequència: no admetre que una altra opti en lloc de nosaltres.


Artur Mas sap que la cosa més gran que vol un català és 'tenir raó'. Què esdevindria de Catalunya si s'estengués la idea que la veritat no existeix? On aniria a parar el fonament del famós 'seny català', orgull durant molts secles de tots els catalans?


Catalunya no vol pas un ' post-humanisme '-fruit necessari de post-modernisme '-que Rajoy pretén instal·lar a Espanya. Al contrari de Rajoy, que desitgin canviar no només l'aparença de realitat, sinó la realitat mateixa de les coses, Artur Mas vol que el pa sigui pa i el vi, vi; vol conservar i millorar el que una vegada va ser anomenat 'naturalesa', la realitat de les coses. Amb Artur Mas, però, les relacions entre la 'naturalesa' i la 'cultura' a Catalunya serán diferents: qui degui haurà de pagar; qualsevol vida serà digne de ser viscuda; i es treballarà amb i pel màxim respecte per la persona. Dues postures completament diferentes, la de Rajoy iguala rebaixant fins anul·lar, la d’Artur Mas iguala exaltant les persones. Aquesta és la verdadera força de la seva audaz postura política.


Com es pot veure, és insuficient i estèril dir que la primera postura no és democràtica, perjuquè es desconeix què entén l'altre per “democràcia”. El que tothom si que compren és la trista realitat de la por. Si a la cultura dels valors objectius, tothom entén el que és la por, un podria ara preguntar: perquè no deixar que els catalans ens diguin el que pensen sobre el seu propi autogovern? Perquè no sentir-los, si després de la consulta, que no és vinculant, els debats sobre la futura independència continuaran igualmesnt?


Artur Mas té tota la raó quan diu que Rajoy i el PP no són democrates, però afirmar això té poca força, perquè ells, i molts d’altres, que es basen en la falsa democracia, pensen que són ells els que están en la veritat, quan la veritat és que es mouen exclusivamen per la por. 

 
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