O livro "A Arte, o Homem e o Mundo" é uma obra eclética, bem ao estilo do escritor, poeta e cineasta Fernando Figueirinhas. Neste livro o autor não se limita a um simples resgate de memória dos pintores neoclássicos brasileiros do século XX, cuja riquíssima obra fica aqui perpetuada. A par da preocupação estética das obras representadas, há sobretudo uma mensagem universal, que tem a ver com o momento histórico atual, sobre o qual Fernando Figueirinhas reflete o seu pensar, fazendo uma análise sociológica e filosófica da crise existencial dos nossos dias. São várias as incursões ao longo dos capítulos, onde a verdade é vista à luz de princípios que o escritor fundamenta nos valores universais, culturais, sociológicos e espirituais que demonstra ao longo dos textos. Do mesmo modo, consegue plenamente uma mistura inusitada entre estética, ética e estilo de vida, assim por ele chamada, como meio de indução a uma reflexão que serve de meio aos propósitos que o levaram à Fundação Cultural Abertura, (referida na página 21) que justifica a sua existência, como ele sempre diz. A Fundação Cultural Abertura, por ele pensada e criada, tem como objetivo último unir povos e nações em prol da ética, tendo em vista um futuro melhor. No seu conjunto, a obra forma um agradável e pertinente objeto eclético, cuja proposta última é um mundo melhor a partir da suscitação do interesse pela arte e sua contemplação e a aproximação ao belo artístico, que mais facilmente aproximam o homem ao ideal em todos os seus aspectos. Recomendamos veementemente a leitura deste livro, que em muito ultrapassa as fronteiras que dividem os espaços aos quais nos confinamos. |