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Nacionalidades

Pompeu Fabra deixou escrito no seu dicionário que o conjunto de habitantes de um território, quando unidos por vínculos naturais e sociais, constitui um "povo". Antes, no verbete "nação", Fabra a tinha definido como sendo "o conjunto de pessoas, geralmente com uma língua comum, que tem instituições e costumes análogos e um sentido de homogeneidade social e interesse mútuo".

Esta definição é muito parecida com a que encontramos no dicionário de Antônio Houaiss, que diz um povo estar constituído pelo "conjunto de pessoas que falam a mesma língua, têm costumes e interesses semelhantes, história e tradições comuns".

Como veremos nas páginas sucessivas, os povos catalães têm a sua origem nos condados francos que constituíam a Marca Hispânica fundada por Carlos Magno, um território ao sul da cordilheira dos Pireneus que separava os povos franco-romanos dos povos godo-romanos conquistados pelo emirado de Córdoba. No começo, estes condados não eram hereditários e era o rei da França quem os investia; mas, os herdeiros de Wilfredo I [Guifré I], tornaram os condados de Barcelona e Girona hereditários e assim o foram até o século XII, quando adquiriram o título de reis de Aragão. Os condados de Empúries, Rossilhão, Cerdanya, Besalú, Pallars e Urgell, que pertenceram aos filhos dos irmãos de Wilfredo I, permaneceram também hereditários, mas não possuíam o título de marchio.

Wilfredo I e seus herdeiros realizaram uma política de povoamento, construindo castelos em redor dos quais se distribuíam as terras cultiváveis. Fundaram mosteiros, como o de Cuixà, em 879, e o de Ripoll, em 880, e a cidade de Vic passou a ser sé episcopal a partir do ano 886. Em Pisa existe um documento no qual se menciona pela primeira vez o nome de Catalunha para designar o país dirigido por Raimundo Berengário III [Ramon Berenguer III] (1097-1310).

Não se deve, porém, confundir, como dizia Giuseppe A. Borgese, ilustre professor romano, as origens da coisa com a própria coisa. É natural que ao longo dos anos estes primeiros povos catalães fossem se espalhando, consolidassem os seus costumes e aperfeiçoassem as suas leis e instituições. Não se deve buscar o fator aglutinante de uma nação exclusivamente em um território com limites definidos ou numa mesma língua, religião ou raça, mas sobretudo no respeito às instituições compartilhadas. Pode-se provar a existência deste respeito na consciência dos povos catalães.

Ao longo dos séculos, como veremos nestas páginas, estes povos sofreram épocas de esplendor e de decadência. Como frequentemente acontece, nem sempre coincidiu a decadência política com a econômica, certamente devido a que demanda mais tempo recuperar as liberdades perdidas do que para aumentar o produto interno bruto de uma nação.

Atualmente os povos catalães estão politicamente assim distribuídos:

Andorra: O Principado de Andorra é atualmente um Estado, com constituição democrática com o catalão como língua oficial.
Na Espanha: em quatro autonomias diferentes, a Catalunha, a Comunidade Valenciana, as Ilhas Baleares e a Franja do Poente em Aragão.
Na Itália: a cidade de l'Alguer na ilha de Sardenha.
Na França: a chamada Catalunha Norte, que compreende boa parte do Departamento dos Pireneus Orientais franceses.

Bibliografia

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Fragment de les miniatures del Breviculum.
 
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