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Ratzinger
nunca se encantou pelo tomismo pré-conciliar. Ele reconhece
que "o escolasticismo tem sua grandeza", que não
lhe falta mérito, mas já quando era estudante, o
considerou seco e impessoal demais. No dialeto da Baviera, dizia
que o escolasticismo não era sua marca de cerveja preferida...
Em contraste, encontrou em Santo Agostinho "o homem apaixonado,
sofredor e questionador, com quem é possível se
identificar".
Os
problemas internos da Igreja que chamaram sua atenção
podem ter mudado, mas sua orientação teológica
fundamental não mudou. Ratzinger se opôs de forma
consistente ao estamento teológico pré-conciliar,
frequentemente chamado de "teologia barroca", e sempre
tem se mostrado sensível quanto à crítica
protestante, que afirma que os católicos se preocupam mais
com a filosofia do que com as Escrituras; e tem se oposto à
forte dependência da ética católica de elementos
da tradição estoica, preferindo um enfoque mais
bíblico e cristocêntrico. Nunca mudou de rumo no
que diz respeito a qualquer uma das orientações
fundamentais.
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