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Seg, 19 de Junho de 2006 00:00 |
No mosteiro de Miramar, entre Valldemossa e Deià, na ilha de Maiorca, celebrou-se no dia 11 de junho um dos acontecimentos mais importantes para os estudiosos da obra do filósofo maiorquino Ramon Llull: a festa da Santíssima Trindade, organizada pela Associació Ramon Llull, à qual assistiram umas 300 pessoas. O dia foi dedicado à reflexão do legado desta importante figura da história da ilha. Começou às 9 da manhã com uma conferência a cargo do doutor José María Sevilla Marcos, que falou sobre a importâcia deste pensador e filósofo. Depois, o padre Gabriel Ramis, magíster da Maioricensis Schola Lulistica, dissertou sobre a causa de canonização do beato maiorquino e sobre a Arte de Llull na conversão dos infiéis hebreus e muçulmanos. Um dos momentos mais esperados foi a leitura do Livro do amigo e do Amado, de Ramon Llull, que começou às 11:30 hs e terminou quatro horas depois e foi realizada por 22 leitores voluntários que completaram a recitação do volume, composto por 266 capítulos. A versão escolhida para esta ocasião foi a de Joan Gelabert, em catalão moderno, na coleção Clàssics da editorial El Gall do ano 2004. Entre as associações que participaram do evento estavam a Reial Acadèmia d'Estudis Genealògics, a Societat Arqueològica Lul·liana, a Obra Cultural de Valldemossa, o Grup Excursionista de Mallorca de Gaspar Valero, a Revista de Miramar de Valldemossa e a Universitat de les Illes Balears. A festa, que este ano terminou às 19:00 hs do entardecer após 10 horas de reflexões sobre a obra do beato, realiza-se todos os anos com motivo do dia da Trindade, que é o domingo antes do dia do Corpus. O motivo para celebrar este dia em Miramar é que no local existe uma capela dedicada à Santíssima Trindade e outra a Llull. Como explicou Sevilla, a Associació Ramon Llull, organizadora do evento, tem como objetivo "restabelecer a espiritualidade através do legado de Llull, promover a sua canonização e realizar atos de serviço à pessoas em dificuldades". Nestes terrenos, o rei Jaume II fundou em 1276, a pedido de Ramon Llull, um colégio dirigido pela ordem dos frades menores. Em 1872 passou a ser propriedade do arquiduque Lluís Salvador de Áustria, que lá colocou um fragmento do claustro do antigo convento franciscano de Santa Margalida, propriedade de Pere d'Alcàntara Penya. |